terça-feira, 12 de abril de 2011

Cuidados a tomar quando for preciso trocar a placa-mãe do PC

Este artigo foi publicado em 13/07/2009 na Area Restrita do antigo site da Wsuporte.com, teve 66 visitas e 2 avaliações obtendo uma nota média 5 de 5.

Saiba que motivos podem exigir a substituição da motherboard, como escolher uma nova e cuidados no manuseio dos componentes.
Sem entrarmos no mérito da verdadeira função do processador em um computador, podemos dizer que  placa-mãe é o principal componente de um PC. Ela é responsável por interconectar todos os demais componentes e deve ser capaz de fazer isso harmoniosamente. E apesar desse papel de destaque, este componente raramente precisa ser trocado. Mas eventualidades acontecem e ela pode queimar.

Isso pode ocorrer principalmente com os reguladores de tensão e capacitores que ficam próximos do conector de alimentação da motherboard, pois recebem diretamente a tensão da fonte tendo uma maior probabilidade de queimar. Mas isso é raro e só costuma ocorrer no caso de componentes de baixa qualidade.

Quando o PC pifa, identificar o item problemático não é tarefa fácil. Pode ser um componente qualquer, como a CPU ou ventoinha, ou mesmo a placa-mãe. Falha em qualquer deles pode fazer o equipamento travar ou não carregar o sistema operacional. Nessa situação, o melhor a fazer é levá-lo para um técnico especializado para saber o que está errado com ele.
Outro cenário seria substituir a placa por uma mais robusta, que aceite uma nova CPU, mais memória ou placa de vídeo. Esse tipo de upgrade só é aconselhável para aqueles que realmente necessitam, sem contar que o auxílio de um técnico especializado é mais do que indicado, pois não se trata apenas de retirar a placa e substituir por outra.

Componentes

Escolher uma nova placa requer muitos cuidados, em especial a compatibilidade de  três componentes fundamentais: processador, memória e placa de vídeo (caso possua uma).

O ideal, em caso de queima da motherboard, seria procurar uma placa igual ou semelhante. “É primordial encontrar uma placa que possa reaproveitar principalmente o processador, mesmo sendo antigo já que ele é um dos componentes mais caros de todo o hardware”, afirma Marcelo Martins, diretor da MSI Computer no Brasil.

Como a CPU é a peça mais importante nessa troca, é necessário checar se há suporte para ela na nova placa. Isso porque a arquitetura de construção das placas-mãe é diferente de uma marca para a outra.

 
Detalhe dos conectores (rede, áudio, USB, etc), localizados na parte traseira da placa-mãe; dependendo da placa, é possível aumentar a quantidade de conectores

Ou seja, uma placa desenvolvida para processadores da Intel, não irá aceitar um componente da AMD ou da VIA. Outro detalhe a se considerar é a tensão do processador. Vale conferir no site de fabricantes de placas-mãe, como a MSI, Gigabyte, ECS e Asus, e checar exatamente os tipos e modelos dos componentes que as placas suportam.

Mas esse cuidado não vale apenas para a CPU. A memória RAM também merece atenção. Antes de comprar uma placa nova é preciso checar o tipo de memória que você possui (DDR2, DDR3), a menos que queira atualizar todos os componentes da placa.

Tipos de placas-mãe

Mas se a sua opção for fazer um upgrade em sua placa, saiba que existem muitos tipos no mercado, divididas em três categorias: placas de entrada, middle e high-end. A diferença principal entre elas fica no tipo de chip gráfico disponível. As de entrada já possuem chip gráfico onboard e tem um desempenho mais modesto, aceitando em  geral dois pentes de memória.

As placas middle-end não possuem chip gráfico onboard, mas aceitam até uma placa aceleradora gráfica mais potente que rode alguns jogos e tem um desempenho gráfico melhor que as placas de entrada.
Vista geral de uma placa-mãe de alta performance: parte amarela redonda é o soquete para o processador; em amarelo e vermelho, suportes para até 4 pentes de memória; e em preto, no alto à esquerda, suporte para até três placas aceleradoras gráficas

Já as placas high-end são mais poderosas, voltadas a quem realmente precisa de muito desempenho. Elas não possuem chip gráfico onboard, mas aceitam mais de uma placa aceleradora gráfica - há modelos que suportam até quatro placas -, oferecem opção de cross fire (para combinar a performance das GPUs), alto desempenho e ainda possibilidade de realizar overclock.

Verificar se a placa escolhida irá encaixar nos moldes do seu gabinete. A menos que tenha conhecimentos profissionais, é altamente recomendado que peça ajuda a um técnico especializado. Caso contrário pode acabar com uma placa que não cabe no gabinete. Cheque  também se a posição dos conectores de rede, USB e saída de som são compatíveis com os respectivos recortes do gabinete que se tem.

Cuidados a tomar

Antes de trocar sua placa por uma nova é preciso ter alguns cuidados básicos. Assegure-se de estar aterrado, para evitar que a energia estática danifica a CPU.

O encaixe da placa-mãe no gabinete merece atenção, para evitar que os pinos do circuito da placa (localizados na parte de baixo) toque partes metálicas, causando curto-circuitos.

 
Detalhe da ventoinha e do dissipador, que ficam acima do processador. À esquerda (em azul) pentes de memória RAM.

O processador e a memória precisam de cuidados para serem manuseados. O processador deve encaixar embaixo de uma peça formada por uma ventoinha e um dissipador.

Para ajudar na transferência de calor é indicado utilizar uma pasta térmica sobre o processador evitando que aqueça mais. Uma boa camada dessa pasta sobre o processador e encaixando a peça com o dissipador por cima, cria-se quase uma base isolante térmica importante.

Artigo elaborado por Monica Campi, da PC World com a colaboração de René Ribeiro em 10-07-2009.
Editado por William S. Rodrigues em 13-07-2009.

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